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quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Santo Amaro - 455 anos de história

Conheça a história de Santo Amaro



Em junho de 1556 na Capitania de São Vicente os jesuítas estavam repartidos em três locais determinados pelo Padre Provincial dos Jesuítas -Manoel de Nóbrega: Casa de São Vicente (São Vicente); Casa de São Paulo da Companhia de Jesus (São Paulo) e Jeribatiba (Santo Amaro), locais onde os jesuítas realizavam trabalhos de catequese e educação de crianças índias e mamelucas. José Anchieta vindo do povoado de São Paulo de Piratininga (São Paulo), em uma das várias vezes que visitou a Aldeia de Jeribatiba (Jerivá - palmeira que produz cocos – e tiba - abundância) percebeu que devido ao número de índios catequizados e colonos instalados na região, era possível constituir ali um povoado, idéia aprovada pelos moradores.
Para tanto se fazia necessária a construção de uma capela, e para este fim precisava-se de uma imagem a quem esta capela seria dedicada. Sabia-se que pela região de Cupecê moravam João Paes e sua esposa Suzana Rodrigues, possuidores da imagem de um santo de sua devoção, que ao saberem da proposta de Anchieta da criação de um povoado doaram a imagem de Santo Amaro (imagem até hoje preservada) para capela “feita de taipa de pilão, não forrada”.
Em 1686, o Bispo do Rio de Janeiro, D. José E. Barros Alarcão confirma a capela curada em Ibirapuera (mata grande), distrito de São Paulo, elevando assim o povoado a categoria de freguesia com o nome de Santo Amaro. E por muito tempo a região será conhecida por diversos nomes indígenas como: Birapuera; Virapuera; Ibirapuera; Geribatiba; Geribativa; Jeribatiba; Santo Amaro de Virapuera; Santo Amaro de Ibirapuera; até que tomasse definitivamente o nome de Santo Amaro.
A 7 de abril de 1833, cumprindo determinação da Câmara Municipal de São Paulo, reúne-se o eleitorado paroquial, elegendo 7 vereadores para a constituição do legislativo da cidade de Santo Amaro, agora sim desvinculada e autônoma. A partir de então Santo Amaro adquire as feições de uma cidade vigorosa.
Contudo, o sonho de transformar-se em metrópole findou-se em 22 de fevereiro de 1935: o Governo do Estado de São Paulo incorporou Santo Amaro ao Município de São Paulo, através do Decreto no 6988 de 22 de fevereiro de 1935.


Datas Importantes

· 1835 - criam-se corpos militares da Guarda Nacional em Santo Amaro, dois de infantaria e um de cavalaria;

· 1841 - Escola Pública;

· 1868 - Primeiro jornal “Santo Amaro”;

· 1885 - Inauguração da iluminação a querosene;


· 1886 (16 de novembro), inauguração da linha férrea de São Paulo e Santo Amaro e visita a Santo Amaro pelo Imperador Dom Pedro II e Dona Leopoldina;


· 1894 - Mercado (atual Casa de Cultura);

· 1896 - Jardim Público (atual Praça Floriano Peixoto);

· 1899 - Inauguração da Santa Casa de Misericórdia e Capela (na atual localização);

· 1910 - Inauguração do prédio do Grupo Escolar de Santo Amaro, denominado posteriormente Grupo Escolar Paulo Eiró (atual Praça dos Mosaicos);

· 1924 - Inauguração da Matriz de Santo Amaro (atual Catedral de Santo Amaro);

· 1931 - Fundação do Conservatório Musical de Santo Amaro;

· 1932 - Plano de reurbanização de Santo Amaro pelo Engenheiro Alfredo Agache;

· 1935 - Decreto de 22 de fevereiro de 1935, no 6983 - O Governo do Estado de São Paulo, determina a extinção da cidade de Santo Amaro, incorporando-a ao município de São Paulo.


Borba gato

O irmão leigo Jesuíta Pedro Dias filho de uma família ilustre de Portugal, fez parte da comitiva que, orientada pelo cacique Tibiriçá, fundou a cidade de São Paulo, e foi também um dos primeiros a ir catequizar os índios em Virapuera (Sto Amaro). Foi lá que Tibiriçá se encantou por ele e o escolheu para casar-se com sua filha Terebé.
O casal estabeleceu-se no local e teve 13 filhos, sendo que cada um deles deu origem a família fidalga Borba Gato.
Manoel Borba Gato nasceu em Santo Amaro por volta de 1628, provavelmente bisneto de Terebé e Pedro Dias e trineto de Tibiriçá. Ele, que nasceu ligado à fundação de São Paulo e de Santo Amaro, passaria também a ser ligado a história do Brasil quando iniciou o clássico ciclo do Ouro em Minas.
A bandeira organizada pelo seu sogro, Fernão Dias, partiu de São Paulo em 1674 com a finalidade de alcançar Sabarabuçu, o eldorado. Fernão Dias morreu em 1681 e Borba Gato, apesar de não encontrar esmeraldas nesses 7 anos, mas apenas turmalinas, prosseguiu sua expedição e acabou achando o ouro. Com este feito concluía a missão de encontrar Sabarabuçu, a lendária serra completa de ouro e pedras preciosas.
Borba Gato foi nomeado guarda-mor, e por várias vezes ocupou a Superintendência Geral das Minas. Faleceu em 1717, na Vila Real de Sabará (MG), com cerca de noventa anos de idade.

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