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terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

"Antônia" - O Filme


“Antônia”: elas são as nossas Dreamgirls


Depois do sucesso na TV, filme de Tata Amaral que inspirou série chega aos cinemas. Na trama, “minas do rap” enfrentam dificuldades em busca do sonho de cantar.


Mulheres negras, pobres e talentosas se unem em busca de um sonho: viver da e para a música. Por meio de suas canções, elas lutam por um mundo melhor e mais justo, onde homens e mulheres, ricos e pobres devem gozar dos mesmos direitos.


Poderíamos estar falando do musical “Dreamgirls – Em busca de um sonho”, que entra em cartaz na semana que vem com a coroa de líder em número de indicações para o Oscar, oito no total. Mas estamos falando das nossas Dreamgirls: “Antônia”, filme de Tata Amaral que estréia nesta sexta (9) em clima de sucesso garantido.

Leia análise comparativa dos dois filmes no blog do Zeca Camargo

A história de quatro amigas da periferia de São Paulo que enfrentam todo tipo de dificuldades para emplacar a carreira de cantoras de rap finalmente chega aos cinemas, depois de conquistar o prêmio de melhor filme do público da Mostra de São Paulo e de virar série da TV Globo recordista de audiência em seu horário – o primeiro episódio chegou a 32 pontos, segundo o Ibope. E a segunda temporada já está “confirmadíssima”, dizem as meninas. As gravações começam no meio do ano.

Veja o site oficial da série aqui.

Negra Li, Leilah, Cindy e Quelynah, “minas do rap” na vida real, escolhidas entre 600 candidatas, vivem Preta, Barbarah, Lena e Maya, moradoras da Brasilândia que formam o grupo Antônia em busca de um sonho, igualzinho às Dreamgirls. “É uma coincidência maravilhosa, os dois filmes têm a mesma mensagem de persistência e luta da mulher por seu lugar, usando a música como arma”, diz Negra Li, “tem até o empresário, que é muito importante nas duas histórias”. Em “Antônia”, as meninas são estimuladas pelo figuraça Marcelo Diamante, encarnado com simpatia pelo rapper Thaíde. No musical americano, Jamie Foxx interpreta o também figuraça Curtis Taylor Jr., um vendedor de carros aspirante a empresário da música cuja ambição transforma três meninas mal-ajambradas em um trio de estrelas.

Mas, espera aí, pára tudo. As Dreamgirls são três, já o grupo “Antônia” tem quatro cantoras. A diretora paulista explica: “inicialmente, o grupo era formado por três meninas, mas estava faltando alguma coisa, a relação delas era certinha demais; então a Quelynah entrou por último, com aquele jeito ousado dela, para representar a crise dentro do grupo”.

Porém, ao mesmo tempo em que tem vários elementos em comum, os dois musicais, brasileiro e americano, têm visuais bem diferentes. “Não temos aquele glamour todo, aqueles arranjos lindos e produzidos, mas, meu, a gente é no filme o que a gente realmente é”, diz Cindy. Apesar de ser um musical, “Antônia” esbanja um visual naturalista, que dá impressão de estarmos vendo um documentário.

“Queria mostrar aquele mundo da periferia da forma mais verdadeira possível, por isso nunca escrevemos um roteiro clássico, com diálogos. A câmera segue os personagens num cenário rotineiro e os atores, que são pessoas daquele universo, falam e reagem de seu próprio jeito”, conta Tata. “Ela deu tanta liberdade para a gente criar e ser o mais natural possível que já não sei até onde vai a Leilah e onde começa a Barbarah”, diz Leilah.

A doação das quatro meninas na construção de suas personagens foi tão grande que ficção e realidade se misturaram e foram estourar de outro lado. Quando questionadas sobre o futuro do grupo Antônia, que chegou a fazer apresentações aqui e ali desde o lançamento da série de TV, as meninas resistem. “Agora é meio impossível”, afirma Quelinah, que acaba de lançar seu primeiro disco solo. “Tenho um grande medo de optar pelo grupo e jogar meu nome fora; hoje pelo menos já tenho minha carreira, as pessoas sabem quem eu sou, mas já vi muitos grupos se perderem”, diz Negra Li, a mais conhecida das quatro, hoje contratada da Universal.

“Tudo isso é muito confuso, não queremos que pensem que somos ingratas por não continuar com o grupo depois de tudo, mas antes do filme já éramos cantoras e não queremos abrir mão do estilo de cada uma nem do que realmente somos para ser as personagens”, diz Leilah. “Não queremos dizer que nunca vamos levar o grupo para frente, mas acho que primeiro precisamos achar a identidade de cada uma”, pondera Cindy. As duas também assinaram com a Universal.

“Acho que meu medo é óbvio, meu. Adoro cantar com as meninas, mas quando tem dinheiro envolvido fico com medo de que estrague tudo”, afirma Negra Li. Talvez ela tenha mesmo razão, ao menos se tomar a história de “Dreamgirls” como exemplo: no filme-irmão gringo de “Antônia”, quando as meninas finalmente conquistam fama e grana, fica difícil levar a união adiante, e o tão suado sonho acaba virando pesadelo.


MINAS DO RAP COMPLETAM TRILOGIA DE TATA AMARAL COM "ANTÔNIA"

Longa que tem as rappers Negra Li, Leilah Moreno, Cindy e Quelynah estréia na Mostra de SP, mas só deve chegar ao circuito em 2007

Estréia na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, na próxima semana, o longa "Antônia", de Tata Amaral. O filme completa a trilogia de arquétipos femininos aos quais a diretora já se dedicou em seus dois primeiros filmes, "Um céu de estrelas" (1997) e "Através da janela" (2000).

"Antônia" conta a história de quatro amigas que vivem na Brasilândia, periferia de São Paulo e, mesmo diante de todas as dificuldades, lutam juntas para emplacar a carreira de cantoras de rap e conseguir viver da música que fazem.

"Ninguém acreditava que o nome dos avôs de nós quatro era Antônio", diz uma delas, explicando o título do filme (e do grupo formado por elas) e, já de imediato, dando pistas da cumplicidade antiga que norteia a amizade do quarteto.

Protagonizado por Negra Li, Leilah Moreno, Cindy e Quelynah, todas "minas do rap" na vida real, o longa de Tata Amaral usa o hip hop e a periferia como pano de fundo para histórias pessoais, que parecem muito mais tocantes - e originais - do que tentativas de traçar um panorama geral de como se vive (mal) nas quebradas da maior cidade da América do Sul.

A diretora se envolveu com o movimento hip hop enquanto filmava o documentário "Vinte dez", na periferia de Santo André. Ela conta que descobriu um rap alegre e positivo, que apesar de apontar problemas, indicava soluções. Foi o embrião do roteiro de "Antônia".
Isso e as entrevistas com as cantoras rap deram vida ao filme - que mantém sempre o tom documental. Cena marcante para quem vive nos becos e vielas entre morros: as meninas andam de tênis e levam os sapatos e sandálias de salto alto em um saquinho separado. Na ida e na volta das festas e bailes, trocam de sapatos no meio da rua.

Detalhes como esse somados a questões como gravidez precoce, machismo, preconceito, falta de dinheiro, violência e sonhos que muito dificilmente se realizam fazem de "Antônia" um filme crível e emocionante.

Thaíde bota banca

Desde o início, a diretora fez questão de trabalhar com não-atores e testou cerca de 600 jovens para os papéis principais. "A Tata fez testes com todas as meninas. Foi muito legal o jeito como o filme foi feito, porque a gente improvisou bastante. Trouxemos muita coisa nossa para as personagens, referências, jeito de falar", conta Negra Li, filha de mãe evangélica e criada na Brasilândia, no filme e na vida real.

O rapper Thaíde faz uma participação impagável como o empresário Marcelo Diamante. E Tata Amaral ainda contou com o apoio de muita gente do movimento hip hop, como Kamau, Coletivo Instituto e DJ Negro Rico, entre muitos outros.

O projeto deu tão certo que o filme virou série –a exemplo do que já aconteceu com "Cidade dos homens". Na TV, "Antônia" continua de olho na saga das quatro meninas, dois anos depois da época em que se passa o filme. A previsão de estréia é em 17 de novembro, na Globo. Aliás, antes mesmo de o filme entrar em cartaz nos cinemas, algo que só deve acontecer em janeiro de 2007.

Um comentário:

Anônimo disse...

olá querida menina,kibom ki gostou do selo,mas seu problema é facil de resolver,seu blog naum aceita hospedagem zipnet,faça o seguinte salve a imagem em seu micro e depois vc coloka em seu blog,sendo o seu blog o hospedeiro vc naum tera problemas na imagem,grande bjo em vc menina linda.